Projeto Democratização da Leitura
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[Resenha] Não Fale Com Estranho, COBEN, Harlan Empty [Resenha] Não Fale Com Estranho, COBEN, Harlan

Qui Dez 15, 2016 1:10 pm
[Resenha] Não Fale Com Estranho, COBEN, Harlan 9788580415711

Sinopse: O estranho aparece do nada e, com poucas palavras, destrói o mundo de Adam Price. Sua identidade é desconhecida. Suas motivações são obscuras. Mas suas revelações são dolorosamente incontestáveis.
Adam levava uma vida dos sonhos ao lado da esposa, Corinne, e dos dois filhos. Quando o estranho o aborda para contar um segredo estarrecedor sobre sua esposa, ele percebe a fragilidade do sonho que construiu: teria sido tudo uma grande mentira?
Assombrado pela dúvida, Adam decide confrontar Corinne, e a imagem de perfeição que criou em torno dela começa a ruir. Ao investigar a história por conta própria, acaba se envolvendo num universo sombrio repleto de mentiras, chantagens e assassinatos.
Intrigante e perturbador, Não Fale Com Estranhos é mais que um suspense de tirar o fôlego. É uma reflexão sobre o bem e o mal, o amor e o ódio, o certo e o errado, os segredos, as mentiras e suas consequências devastadoras.


“Não fale com estranho”, ouvimos isso desde criança dos nossos pais, e talvez seja importante levarmos isso para nossas vidas! Adam Price deveria ter lembrado deste conselho ao encontrar um estranho em um bar que revela um segredo que despedaça a confiança que tem na mulher Corinne, seu grande amor.

Vocês devem ignorar a sinopse pelo menos no meu ponto de vista, partindo da minha interpretação da obra. A investigação ocorre no mesmo modelo dos livros anteriores, ao ser confrontada pelo marido Corinne desaparece, em busca da esposa e da “verdade” ele entra em contato com pessoas que não dispostas a perder, lida com chantagens e gente extremamente cruel. Talvez a verdade seja amarga, e ser escravo dela não seja algo agradável.

O livro traz a clara briga interior do ser humano- uma vez que escolher entre o que é certo e fácil, não é tão simples assim- ou mesmo escolher entre o bem o mal, essas coisas que fazem parte do nosso cotidiano, é por isso que gosto do Harlan, ele cria personagens que possamos nos identificar e assim entramos na história como testemunhas de toda a imperfeição humana.

Vou deixar claro que não me identifiquei com Adram Price, achei o personagem chato e confuso e ele não será o motivo das noites em claro, a vontade nasce de saber a verdade! Reconhecer o vilão e descobrir o paradeiro de Corinne.

Corinne é a esposa metódica, fria que sabe onde estão guardados todos os objetos, os segredos que ela guarda são usados contra ela e contra sua família, eu gostei muito desta personagem, embora com poucos capítulos, ela conseguiu me cativar, ah as mulheres de Harlan Coben <3

No meio dessa história temos o “Estranho” que anda destruindo a vida de muita gente e realmente não sabemos seu real objetivo, se ele é vilão ou não, volto a dizer não nos cabe julgar, talvez compreender. Acho que ao provocar um grave acidente perceber a gravidade de suas ações e talvez o caminho da redenção fosse bem-vindo, mas ele se acha justiceiro, será mesmo?

Gosto do Harlan pelas surpresas e vilões criados que fazem você tremer, mas neste livro até os vilões têm motivos (exceto um ¬¬), que eu diria bem fundamentados, no entanto fico me perguntando o que é um vilão? Como classificar alguém como mau? Será que tudo não depende de um ponto de vista? Ou somos todos cinzas mesmo? Não nos cabe julgar, mas sim torcer. A obra não foge da realidade, nos traz temas interessantes como o mundo virtual e o quanto ele pode ser perigoso e nada confiável, apaguem suas pesquisas do google, please!

É uma história muito bem construída, intrigante que vocês ficarão sem respirar a cada página virada, quem começar a ler não vai conseguir parar. Eu sempre digo que a diferença entre Harlan Coben e Agatha Christie é justamente a forma como ambos tratam seus personagens, e suas tramas. Harlan tem uma dose mais romântica, mais sensível e melancólica. Quase chorei quando cheguei na última página e fui dormir pensando nos personagens e quanto é triste julgar sem saber a verdade...ou descobrir tarde demais. Agatha por sua vez, quase impossível descobrir os assassinos, sempre utilizou de um pano de fundo mais simples, assassino e seus motivos, o mais legal era o motivo do crime, sempre muito bem apreciado e construído sem ponta solta. Descobrir o motivo do crime era bem mais interessante do que a figura do assassino.

História narrada em terceiro pessoa, leitura fácil, envolvente, não é o melhor dos livros, mas o final é de tirar o fôlego. 301 páginas, 56 capítulos, consegui ler em menos de 24 horas.

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